"Acredito que a justiça maçônica prevalecerá, porque acredito que a Instituição sempre pôde corrigir eventuais deslizes praticados de irmãos contra irmãos, estejam esses revestidos ou não de algum poder dentro da instituição, porque mesmo quando estavam, a justiça sempre prevaleceu.
Foi muito triste assistir aos descabidos eventos da última assembléia, nenhum exemplo a ser seguido, pelo contrário, vimos nosso querido irmão Eurípede Vital Junqueira, presidente do egrégio tribunal eleitoral, passar por uma situação impensável perante toda assembleia, um constrangimento que passou quando tentou exercer suas funções dentro do seu direito, dentro das leis e das regras que o próprio irmão representa e defende. Não é aceitável o sucedido entre pessoas estranhas, imagine entre nós, que vivemos em uma instituição fraterna.
Não é cabível práticas de força injustificáveis entre nós, especialmente numa assembleia entre irmãos, que é na verdade um encontro festivo onde juntos construímos melhores caminhos para nossa instituição, onde revemos nossos amigos de longe, onde fazemos justas homenagens aos irmãos que estão no Or.'. Eterno, onde podemos ter alegres conversas e boas notícias como as dos títulos dos irmãos "provectos" e os "eméritos", e que se não fossem os "desmancham prazeres", culminaria com a festa da democracia da GLESP, com a apresentação das chapas que disputam as eleições em maio próximo.
Muitos se sentiram frustrados com o impedimento da apresentação das chapas, porque ficou para alguns a impressão de que calaram nosso irmão Eurípede e que obstruíram o Tribunal Eleitoral. Negativo, nada muda a situação das chapas inscritas, suas regularidades e seus componentes. O Irmão Eurípede simplesmente cumpria o protocolo de dar conhecimento oficial às jurisdições à respeito das chapas que estavam em condições de ir às eleições. E é isso, apenas dar notícia, nada mais: a assembléia não vota o parecer do Tribunal Eleitoral. Agora a notícia pode ser dada por outro meio qualquer!
O Grande Orador Adjunto se apoia em argumentos que não se sustentam, pois não está em voga análise de processos judiciais no tribunal eleitoral, e a decisão do processo eleitoral ocorreu em reunião normal, às claras, nada do que alegam de reuniões secretas com exclusão de irmãos; estamos em período eleitoral e em processo de validação das chapas, onde o tribunal exerce atividade ininterrupta, sempre a postos para reuniões e decisões. É prescindível a participação do Grande Orador Adjunto nesse processo, apesar de ter cadeira nata e não precisar de convite ou convocação, pois trata-se de processos eleitorais e sua ação restringe-se a processos judiciais naquele foro.
Me envergonha o que assisti na última assembléia. Se aceitarmos inversões dessa natureza em nosso meio, então não restará mais respeito por quaisquer tribunais, nem por quaisquer cargos da administração e teremos a desordem jurídica na instituição. Mas há muitos irmãos que zelam pela prática dos bons costumes entre nós.
A justiça maçônica é muito maior do que a atitude unilateral de apenas um seu representante, e a GLESP é muito maior do que seus dirigentes... todos passam, a instituição fica.
Nas últimas eleições em 2010, fui eleito para o cargo de Grão-Mestre Adjunto, função que muito me honrou e onde pude atuar com muitos irmãos valorosos nos trabalhos do Venerável Colégio, nas Assembleias Legislativas e na administração da Beneficência Maçônica, presidindo equipes responsáveis por demandas críticas de alta relevância... éramos um time de preparados e determinados para sempre dar o melhor, e o fizemos.
Minhas atividades não se entrecruzavam com as do Grão-Mestre, ele tinha as suas funções e eu as minhas, e não cabe ao Grão-Mestre Adjunto dar diretrizes à administração da Potência, nem implementar projetos executivos ou gestão da organização porque não é função do vice-dirigente. O comando institucional só recai nas mãos do vice na ausência, nos impedimentos do mandatário de ofício, e mesmo assim só para assuntos triviais emergenciais do dia a dia, nada para o exercício de fato da governança; e isso nunca ocorreu.
Descompatibilizei-me do cargo para concorrer às eleições ao cargo de Grão-Mestre em maio próximo porque conheço a estrutura administrativa da nossa entidade, tenho experiência e vontade de fazer diferente do que vi e não pude opinar, nem tampouco interferir... por isso sou oposição! Acredito que a competência da gestão de uma Potência Maçônica tenha mais a ver com a construção de fortes laços de amizade que nos ligam como verdadeiros irmãos do que a construção fria de prédios e equipamentos patrimoniais. Temos sim que crescer fisicamente, mas precisamos muito mais de crescimento espiritual e fraternal entre nós. Não podemos concordar com o rumo dado às coisas!
Não tenho o apoio da atual administração porque sempre fomos diferentes, porque sempre pensamos diferente e sempre entendemos que comando é "mando com todos"; sempre acreditamos que a sincera amizade entre nós é o melhor meio de caminharmos em paz e harmonia, dentro dos princípios de respeito e de amor fraternal, nosso maior tesouro!
É preciso resgatar a serenidade, o equilíbrio e a isenção nas ações exaradas entre nós, dentro de Lojas e na Potência, entre os que representam nossa entidade, pois só assim estaremos nos pautando nos valores de igualdade, liberdade e fraternidade!"
É preciso resgatar a serenidade, o equilíbrio e a isenção nas ações exaradas entre nós, dentro de Lojas e na Potência, entre os que representam nossa entidade, pois só assim estaremos nos pautando nos valores de igualdade, liberdade e fraternidade!"
Ir. Antonio Carlos de Souza
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